8 de outubro de 2010

Quantos PTistas são necessários para se trocar uma lâmpada no Palácio do Planalto?

Resposta: Uns quatrocentos e oitenta, e isso chutando por baixo (isso se não roubarem a lâmpada antes).


Primeiro, eles vão nomear uma comissão para saber qual o companheiro vai subir na escada. Depois, vão nomear uma sub-comissão que vai avaliar a necessidade da troca da lâmpada. Em seguida, deverão convocar os movimentos sociais e perguntar ao Frei Betto, ao Stédile e ao Evo Morales se a lâmpada pode ser trocada sem que se macule a soberania nacional.


Hugo Chávez dirá que a questão da lâmpada é secundária, porque ele é a verdadeira luz do continente bolivariano e iluminará a redenção dos oprimidos. Depois, uns cem companheiros farão discurso a favor da Escadabrás, empresa que deverá monopolizar a fabricação de escadas de alumínio sem a interferência das empresas neoliberais. A Petrobrás financiará a 'capacitação de mão-de-obra' (tão em voga atualmente) injetando 200 milhões de reais na ONG Viva Lâmpada, pertencente a um deputado petista.

Enquanto isso, um grupo de cinqüenta militantes do PT, muitos pagos pelos cofres públicos (embora justiça seja feita, o partido não sabia a diferença entre o público e o privado), estará de prontidão para porrar qualquer jornalista da Veja, da Globo e da Folha, que desejar noticiar a lentidão da troca de uma simples lâmpada do gabinete do presidente. A Carta Capital publicará uma reportagem afirmando que a queima da lâmpada é um complô da mídia e do PSDB para sabotar o governo. Magda Sader escreverá um manifesto cheio de erros de português defendendo a lâmpada socialista, no que será seguido por Chico Buarque e Veríssimo que afirmarão que lâmpada boa mesmo é a cubana, apesar de nunca terem usado uma. 
Helio Fernandes defenderá uma auditoria para se verificar quantas lâmpadas americanas foram compradas no Brasil desde a invenção da eletricidade, e colocará a culpa em George W. Bush.


O presidente da República não estará muito preocupado, pois estará inaugurando uma pinguela em San Juan del Carajo, em algum departamento obscuro da Bolívia, concluída com dinheiro do BNDES, e continuará seu discurso dizendo que 'nunca antes neste país, se viu tanta mobilização do povo para se trocar uma simples lâmpada'. Concluirá dizendo que as elites o criticam por causa de uma lâmpada porque nunca sentiram na pele o que é viver numa casa de pau-a-pique sem energia elétrica, como foi o caso de nosso Grande Timoneiro. 


Tarso Genro dirá que o país precisa garantir a governabilidade e a luminosidade da lâmpada. Marco Aurélio Garcia, depois de voltar pela sexta vez de Paris, onde estava descansando dos desatinos da elite brasileira, dirá que a 'imprensa que cuide da imprensa, pois o PT trocará a lâmpada antes do fim do segundo mandato'.


Para concluir, o presidente inaugurará uma agência de aluguel de carroças em Bela Cruz do Cariré, no alto Pindaíba, num distante estado brasileiro, e dirá que o país crescerá 118%.