11 de setembro de 2012

Enquanto isso, no Nordeste...


Há diferenciação
Porque cada região
Tem seu jeito de falar
O Nordeste é excelente
Tem um jeito diferente
Que a outro não se iguala
Alguém chato é Abusado
Se quebrou, Tá Enguiçado
É assim que a gente fala
Uma ferida é Pereba
Homem alto é Galalau
Ou então é Varapau
Coisa inferior é Peba
Cisco no olho é Argueiro
O sovina é Pirangueiro
 Enguiçar é Dar o Prego
Fofoca aqui é Fuxico
Desistir, Pedir Penico
Lugar longe é Caixa Prego

Ladainha é Lengalenga
E um estouro é Pipoco
Botão de rádio é Pitoco
E confusão é Arenga
Fantasma é Alma Penada
Uma conversa fiada
Por aqui é Leriado
Palavrão é Nome Feio

Agonia é Aperreio
E metido é Amostrado
O nosso palavreado
Não se pode ignorar
Pois ele é peculiar
É bonito, é Arretado
E é nosso dialeto
Sendo assim, está correto
Dizer que esperma é Gala
É feio pra muita gente
Mas não é incoerente
É assim que a gente fala

Você pode estranhar
Mas ele não tem defeito
Aqui bombom é Confeito
Rir de alguém é Mangar
Mexer em algo é Bulir
Paquerar é Se Enxerir
E correr é Dar Carreira
Qualquer coisa torta é Troncha
Marca de pancada é Roncha
E a caxumba é Papeira
Longe é o Fim do Mundo
E garganta aqui é Goela
Veja que a língua é bela

E nessa língua eu vou fundo
Tentar muito é Pelejar
Apertar é Acochar
Homem rico é Estribado
Se for muito parecido
Diz-se Cagado e Cuspido
E uma fofoca é Babado
Desconfiado é Cabreiro
Travessura é Presepada
Uma cuspida é Goipada
Frente da casa é Terreiro

Dar volta é Arrudiar
Confessar, Desembuchar
Quem trai alguém, Apunhala
Distraído é Aluado
Quem está mal, Tá Lascado
É assim que a gente fala

Aqui, valer é Vogar
E quem não paga é Xexeiro
Quem dá furo é Fuleiro
E parir é Descansar
Um rastro é Pisunhada
A buchuda é Amojada
O pão-duro é Amarrado
Verme no bucho é Lombriga
Com raiva Tá Com a Bixiga
E com medo é Acuado

Tocar de leve é Triscar
O último é Derradeiro
E para trocar dinheiro
Nós falamos Destrocar
Tudo que é bom é Massa
O Policial é Praça
Pessoa esperta é Danada
Vitamina dá Sustança
A barriga aqui é Pança
E porrada é Cipoada
Alguém sortudo é Cagado
Capotagem é Cangapé

O mendigo é Esmolé
Quem tem pressa é Avexado
Sandália é Alpercata
A correia, Arriata
Sem ter filho é Gala Rala
O cascudo é Cocorote
E o folgado é Folote
É assim que a gente fala
Perdeu a cor é Bufento
Se alguém dá liberdade

Pra entrar na intimidade
Dizemos Dar Cabimento
Varrer aqui é Barrer
Se a calcinha aparecer
Mostra a Polpa da Bunda
Mulher feia é Canhão
Neco é pra negação
Nas costas, é na Cacunda
Palhaçada é Marmota
Tá doido é Tá Variando
Mas a gente conversando
Fala assim e nem nota
Cabra chato é Cabuloso
Insistente é Pegajoso
Remédio aqui é Meisinha
Chateado é Emburrado
E quando tá Invocado
Dizemos Tá Com a Murrinha
Não concordo, é Pois Sim
Estou às ordens, Pois Não
Beco do lado é Oitão
A corrente é Trancilim

Ou Volta, sem o pingente
Uma surpresa é, Oxente!
Quem abre o olho Arregala
Vou Chegando, é pra sair
Torcer o pé, Desmintir
É assim que a gente fala
A cachaça é Meropéia
Tá triste é Acabrunhado
O bobo é Apombalhado

Sem qualidade é Borréia
A árvore é Pé de Pau
Caprichar é Dar o Grau
Mercado é Venda ou Bodega
Quem olha tá Espiando
Ou então, Tá Curiando
E quem namora Chumbrega

Coceira na pele é Xanha
E molho de carne é Graxa
Uma pelada é um Racha
Onde se perde ou se ganha
Defecar se chama Obrar
Ou simplesmente Cagar
Sem juízo é Abilolado
Ou tem o Miolo Mole

Sanfona também é Fole
E com raiva é Infezado
Estilingue é Balieira
Prostituta se diz Quenga
Cabra medroso é Molenga
O baba-ovo é Chaleira
Opinar é Dar Pitaco
Axila é Suvaco
Se o cabra for mau, é Mala

Atrás da nuca é Cangote
Adolescente é Frangote
É assim que a gente fala
Lugar longe aqui é Brenha
Conversa besta, Arisia
Venha, ande, é Avia
Fofoca é também Resenha
O dado aqui é Bozó
Um grande amor é Xodó
Demorar muito é Custar

De pernas tortas é Zambeta
Morre, Bate a Caçuleta
Ficar cheirando é Fungar
A clavícula aqui é Pá
Um mal-estar é Gastura
Um vento bom é Frescura
Ali, se diz, Acolá
Um sujeito inteligente
Muito feio ou valente
É o Cão Chupando Manga
Um companheiro é Pareia
Depende é Aí Vareia
Tic nervoso é Munganga

Colar prova é Filar
Brigar é Sair no Braço
Lombo se diz Espinhaço
Matar aula é Gazear
Quem fala alto ou grita
Pra gente aqui é Gasguita
Quem faz pacote, Embala
Enrugado é Ingilhado
Com dor no corpo, Engembrado
É assim que a gente fala
O afago é Alisado
Um monte de gente é Ruma
Quer saber como, diz Cuma
E bicho gordo é Cevado
A calça curta é Coronha
Sujeito leso é pamonha
Manha aqui é Pantim
Coisa velha é Cacareco
O copo aqui é Caneco

E coisa pouca é Tiquim
Mulher desqualificada
Chamamos de Lambisgóia
Tudo que sobra é de Bóia
E muita gente é Cambada
O nariz aqui é Venta
A polenta é Quarenta
Mandar correr é Acunha
Azar se chama Quizila
A bola de gude é Bila
Sofrer de amor, Roer Unha
Aprendi desde pivete
Que homem franzino é Xôxo

O cara medroso é Frouxo
E comprimido é Cachete
Olho sujo tem Remela
Quem não tem dente é Banguela
Quem fala muito e não cala
Aqui se chama Matraca
Cheiro de suor, Inhaca
É assim que a gente fala
Pra dizer ponto final
A gente só diz: E Priu
Pra chamar é Dando Siu
Sem falar, Fica de Mal
Separar é Apartá
Desviar é Ataiá
E pra desmentir é Nego
Se estiver desnorteado
Aqui se diz Ariado
E complicado é Nó Cego
Coisa fácil é Fichinha

Dose de cana é Lapada
Empurrar é Dar Peitada
E o banheiro é CasinhaTudo pequeno é Cotoco

5 de setembro de 2012

Twitter da loira

Janeiro 
Levei meu cachecol de volta para a loja, ele estava muito apertado.

Fevereiro
Fui demitida da farmácia por não saber imprimir os rótulos. Hellooooo!!! As garrafinhas não cabem na impressora!

Março
Estou muito feliz. Terminei meu quebra-cabeças em 6 meses… Na caixa dizia “2 à 4 anos”.

Abril
Fiquei presa na escada rolante por três horas, acabou a energia elétrica no shopping… Que raiva!

Maio
Tentei fazer um KiSuco, mas as instruções estavam erradas! Nunca oito copos de águas iriam caber naquele saquinho.

Junho
Queria ir esquiar na água… Mas não encontrei uma lagoa com uma descida.

Julho
Perdi na competição de nado de peito, descobri depois que os outros competidores roubaram! Eles usaram os braços!

Agosto
Fiquei presa do lado de fora do meu carro e na chuva… E o pior foi que ele alagou, deixei o conversível abaixado.

Setembro
Estou muito triste e me sentindo culpada: encontrei um passarinho pousado na janela do meu prédio. Quando abri a janela, assustei o passarinho e ele caiu do 10º andar!

Outubro
Odeio M & M’s, são horríveis de descascar.

Novembro
Vi um helicóptero parado no ar, pensei que tivesse acabado o combustível. Fui ligar para o 190, mas o maldito telefone não tem o botão 90?! Argh!

Dezembro
Que raiva! Assei um peru por 3 dias e ficou queimado. Nas instruções dizia "Asse uma hora por quilo" e eu peso 72 quilos!

2 de setembro de 2012

Eleições 2012...


Com a volta do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, o brasileiro passou a conviver mais uma vez com os tipos excêntricos da política brasileira. Aproveitando o pleito municipal, Moacyr Hoffmann, sociólogo e pesquisador da USP, lançou um livro com os perfis mais manjados de candidatos a vereador. Conheça alguns abaixo:

O candidato “Pedro Bial” (metido a poeta): “Chegou a hora de renovar. Nesta eleição, vereador é Valdemar” ou “Quer educação? Vote Tião” ou ainda “Trabalho e eficácia: seu vereador é o Jaime da Farmácia”.
O candidato “ex-BBB” (quem mesmo?): “Você não se lembra de mim, mas eu fui o vereador mais votado em 2004.”
O candidato “Joselito” (sem noção): “Se eleito vereador, vou lutar por mudanças no Código Penal e pela ampliação do Metrô em nossa cidade.”
O candidato competente (só compete e nunca ganha): “É a minha nona eleição e desta vez tenho convicção na vitória.”
O candidato “mais do mesmo”: “Por mais espaço para a mulher na sociedade” ou “É preciso investir no transporte coletivo”.
O candidato “fim de casamento”: “Chega da mesmice! É hora de buscar novos horizontes.”
O candidato “Carminha” (me engana que eu gosto): “Uma sociedade se constrói com base na família. É nisso que eu acredito e por isso eu peço o seu voto.”
O candidato “filhinho do papai”: “Olá, sou Olavo Pereira, o famoso locutor da rádio Cidade. Se você confia em mim, vote em Olavinho, o meu filho. Ele fala pouco, mas trabalha muito.”
O candidato “Gilberto Gil”: “A nossa cidade, enquanto simulacro de políticas públicas eficientes, demanda uma ruptura à nível de gestão.”
O candidato “Adriano, o Imperador”: “Chegou a hora do recomeço, do trabalho duro. Preciso de sua confiança.”

@duda_rangel