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15 de outubro de 2008

A crise do "subprime"

Entendendo a complexidade da "Crise do Subprime" ou "A explicação da burrada americana" em língua 'brasileira'


É assim:

O seu Zé tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça 'fiado' aos seus leais fregueses, todos bêbados e quase todos desempregados.

Porque decide vender a crédito (fiado), ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito).

O gerente do banco do seu Zé, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo a pindura dos pinguços como garantia.

Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis no banco, e os transformam em CDB, CDI, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros alavancam o mercado de capitais e conduzem a que se façam operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Zé). Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

Até que alguém descobre que os bêubo da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Zé vai à falência.
 
E toda a cadeia sifu ..............
 
DEU PRA ENTENDER???


8 de janeiro de 2008

Você comprou um carro bi-combustível? Parabéns.

Você agora é o mais novo acionista ativo do lucro econômico dos postos de combustível.

O preço do álcool anidro baixou nas usinas, porém, e como era de se esperar em um país como o Brasil, o preço na bomba dos postos continua o mesmo. Conforme o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), o aumento da margem de lucro dos postos é o que mantém o preço inalterado.

Difícil mesmo é não pensar na situação inversa. O preço do álcool combustível, em período de entresafra, acaba embriagando o bolso de todos os brasileiros e brasileiras que utilizam este recurso, direta e indiretamente. Se você não possui um carro movido a álcool, pode apostar que irá pagar mais caro no pãozinho da padaria na esquina da sua casa.

Há quem diga que as exportações do álcool anidro não foram lá aquela divindade, e que os estoques do combustível estão bem mais altos que o habitual. Tudo bem, que seja. Mas o cidadão, o patriota, o brasileiro, parece nunca ter uma chance de saber o que é ter um governo digno, que combata a exploração e lute pelos direitos das milhões de pessoas iludidas pelas suas promessas eleitorais.

Se este episódio se desse perto das eleições, aí sim pagaríamos bem menos pelo mesmo combustível. [Você tem dúvida de que algum figurão apareceria na televisão, com seu bigode bem alinhado e braço imponente dizendo?]: “Nós, do partido Raio que nos Parta, achamos isso um absurdo do setor privado. Vamos criar uma lei que obrigue os donos de postos de combustível a acompanhar o preço não só em seu aumento, mas também em sua queda”.

Amigos, eu mesmo faria este pequeno discurso em rede nacional e minhas chances de ser eleito seriam máximas.

7 de janeiro de 2008

Fim da CPMF... fim ???

Prezados leitores

Há algumas semanas presenciamos o então “final” da novela CPMF.

Sim, foi uma vitória da sociedade, da democracia pura e liberal ! Estamos livres deste imposto destinado a saúde, que por sinal, está muito bem das pernas. Oras, vejamos. Há inúmeros hospitais no Brasil, com médicos competentes e empenhados em suas tarefas de salvar vidas… Nossas vidas! Tudo isso graças a CPMF. São 40 bilhões por ano revertidos integralmente na mautenção hospitalar.

Seja otimista meu amigo, vou lhes dar alguns dados para que você se anime:
A arrecadação mensal tributária brasileira está por volta de 48 bilhões, dos quais, cerca de 50% (aproximadamente 20 bi) são destinados a benefícios e salários de parlamentares. Imagine que 37% do PIB é o que você (e eu) desembolsamos todos os anos para ajudar um parlamentar a comprar um terno novo. Hoje consegui comprar uma gravata para o Renan Callheiros, sim, isso mesmo, trabalhei nove horas e acredito que ele possa comprar uma nova gravata com o tanto que produzi e paguei de imposto.

Com a derrubada da CPMF começamos uma Grande Guerra. O que você acredita que o governo vai fazer para recuperar essa grana? Ele vai tirar um pouco mais de 40 bi., meu amigo.! Vocês pagarão caro por este “abaixo assinado” online… e, a bem da verdade, eu também assinei…

Viva a democracia !
Conseguimos o “Fim da CPMF”, mas estamos muito longe de uma vitória sobre o governo.